Há segredos que nunca chegam bem a sê-lo.
Apetece-me partilhar isto, pela estranheza que, por vezes, as famílias têm.
Andava pela rua e comento com quem estava comigo: "Agora vejo muito aquele rapaz. Sempre o achei estranhíssimo."
Para meu espanto, quem me acompanha, partilha comigo a mesma opinião e adiciona ao rapaz estranhíssimo, o adjectivo gay.
Bom, duas considerações a este ponto:
1. Eu tenho amigos gays e isso tem importância zero na forma como nos relacionamos. As escolhas e as vontades são individuais e a minha liberdade acaba quando começa a do outro - sendo isto válido na minha relação com todas as pessoas.
2. Ser diferente, neste caso gay, deve ser bastante complicado de esconder (ainda mais a custo). Pior, quando a família não sabe ou finge não saber...
Neste caso específico, do que vou vendo, a família do rapaz é sui generis. Sempre o achei e cada vez me convenço mais.
Relativamente ao rapaz vai-se falando de casamentos, de filhos, de uma vida heterossexual, dita normal, como se aquela fosse a escolha dele. Pior, aumenta-se a questão quando se considera que é um precalço ainda não ter acontecido nada disto.
A todas as famílias e amigos: é muito importante olhar para os nossos e perceber que escolhas os fazem felizes.
Provavelmente, o tipo é estranhíssimo também pela pressão e não compreensão da família.
Já deve ser meio lunático das ideias, depois junta-se uma boa dose de bolha provocada e...
Ao tipo e a todos os que passam por isto: a menos que a vossa família seja acéfala (não acredito que seja caso vos ame) partilhem as vossas escolhas. Acredito que ficarão mais leves, serão mais livres e felizes.
Última nota: claro que podem argumentar que é fácil falar, e só quem passa por estas coisas é que sabe etc etc. No entanto, não devem todas as escolhas ser dignas e permitirem-nos viver felizes?
É tudo.
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